16 de maio - Meditação do Dia
O Deus que ri
É estranho o registro que aparece no Salmo 59: “Mas tu, Senhor, vais rir deles; caçoarás de todas aquelas nações” (v. 8). Não é a primeira vez que o salmista coloca o verbo rir no sentido de zombar na boca de Deus.
O primeiro registro está no Salmo 2: “Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles” (v. 4). O segundo, no Salmo 37: “O Senhor ri dos ímpios, pois sabe que o dia deles está chegando” (v. 13).
Em todos os casos, o rir divino é uma linguagem antropomórfica usada para falar da tranqüilidade de Deus diante da ingenuidade humana. No Salmo 2, por exemplo, os reis da terra formam uma aliança para conspirar “contra o Senhor e contra o seu ungido”, com o propósito de fazer em pedaços as suas algemas, isto é, a sua autoridade. Diante de uma providência tão inútil e ridícula, “o Senhor põe-se a rir e caçoa deles”. No Salmo 37, o quadro é parecido: enquanto “os ímpios tramam contra os justos e rosnam contra eles” (v. 12), o Senhor ri dos ímpios.
Assim como Elias zombou dos 450 profetas de Baal que se feriam com espadas para obter o favor de seu deus (1 Rs 18.27), o Senhor e todos aqueles que a Ele pertencem riem das extravagâncias dos loucos. O nosso Deus é um Deus que “zomba dos zombadores, mas concede graça aos humildes” (Pv 3.34).
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